sábado, 11 de junho de 2011

O Burro.

Certa vez, Jesus pediu para os seus discípulos que fossem a uma cidade á frente de onde eles estavam, e que trouxessem um animal que estava amarrado ao tronco, pediu a eles que tomassem o burro, mesmo que se alguém tentasse impedir não era para voltarem sem o burro. E assim o fizeram, levaram o burro até Jesus, o burro por sua vez não entendia nada que estava acontecendo, a alegria dos homens, a dedicação dos discípulos ao aprontar o burro, limpando-o pêlo, escovando-o os cascos e retirando todos os parasitas que nele estavam. O alimentaram e saciaram a sua sede, e o burrinho continuava sem entender toda aquela mordomia.
Dada certa hora, todos se puseram a caminhar, Jesus ia puxando o burrinho, às vezes lhe sobrava um carinho no focinho e um “cafuné” embaixo do queixo,... O burrinho até fechava os olhos... Por alguns instantes o burrinho se debruçava por sobre o ombro do Messias. Jesus sorria com toda aquela troca de gentilezas. A todo o momento os discípulos rasgavam o silêncio dos pastos com suas gargalhadas e brincadeiras, todos estavam com os olhos fitados aos céus, cabeça erguida, um orgulho contagiante. Olhares, sorrisos, cânticos de louvores... João que estava ao lado do burro, a todo instante alimentava o burrinho com maçãs.
Ao se aproximar de Jerusalém, todos pararam por um instante e olharam para Jesus, que por sua vez estava com seus olhos voltados para o burrinho, suas mãos coçavam as bochechas do bichinho que fechava apenas um olho e quase pregava o outro, como se estivesse cochilando. O Mestre parou com o afago e burro sacudiu a cabeça estalando as orelhas ao abaná-las, aquilo foi como um despertar. Cristo subiu ao lombo do animal, que não se incomodou com a situação, passaram á frente dos doze, Pedro bateu por duas vezes na anca do pequeno “asno” como se cumprimentasse á um amigo. La foram eles entrando em Jerusalém para celebrar e comemorar a páscoa judaica.
A população ao ver o filho de Deus adentrando os portões da cidade correu para recebê-lo. Um corredor era formado pela multidão que ia cobrindo o chão com ramos de oliveiras e palmeiras. O burro quase não acreditava no que estava acontecendo; o que passava na cabeça do burrinho que até pouco tempo atrás estava apeado em um tronco velho de uma cerca velha, esquecido pelo dono, lembrado apenas na hora do serviço pesado, e agora estava ali, cercado de chamegos, maçãs, sorrisos e alegria. Com tudo isso o burrinho podia agir de duas formas:
1º) O burrinho podia se sentir um verdadeiro alazão, um “corcel negro”, marchando, esguio e imponente, um verdadeiro puro sangue.
MAS NÂO! Ele se perguntava a todo o momento: Porque eu?
2º) O animalzinho não conseguia entender porque o rei dos reis o senhor dos senhores o havia escolhido, com tantos cavalos lindos, tantos animais cheio de qualidades, e ele, um burro, jumentinho um simples e pequeno asno foi o agraciado.
Ao fim da caminhada Jesus desceu do burrinho e o acariciou a face como se lhe dissesse: “Bom trabalho amigo”!
Qual tipo de burrinho você é?


Graça e Paz Sempre!
Warley Souza  (Ministério Oratório)

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